Em meio à maior crise do PSDB desde sua fundação nos anos 1980 e às vésperas de uma conturbada convenção para escolha de um novo presidente para a legenda, o governador Beto Richa recebeu em Curitiba a visita de um dos candidatos, o governador Marconi Perillo, de Goiás.
Perillo foi lançado pela ala comandada pelo senador Aécio Neves, aliada de Michel Temer e ansiosa por manter os quatros ministérios que detém na Esplanada.
O outro candidato é o senador Tasso Jereissati, que representa expressiva fatia do tucanato que quer alçar vôo e ganhar a maior distância possível do governo. Tasso defende o retorno do PSDB à pregação e à prática da ética e nisso é apoiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Certamente virá também também ao Paraná para cabalar os votos de Richa e dos demais delegados paranaenses.
Sob atento e arguto testemunho do deputado Ademar Traiano (presidente estadual do PSDB), Richa manteve diante de Perillo a postura típica dos tucanos: ficou em cima do muro. Nada falou sobre os graves momentos que o partido está vivendo e que, neste momento, podem determinar também o futuro do Brasil. Veja só a firmeza das palavras que usou para registrar o encontro:
Recebi nesta nesta sexta-feira a visita do governador de Goiás, Marconi Perillo. Pudemos conversar sobre o panorama econômico e político do Brasil e também sobre o ajuste fiscal que realizamos, que contribuiu para que o Paraná atravessasse a fase aguda da crise nacional com menos sobressaltados do que a maioria do estados brasileiros.
Marconi Perillo saiu do Paraná muito feliz e impressionado com a manifestação do mandatário do segundo maior estado do país governado pelo PSDB.