O drama dos sem-remédio

O drama dos sem-remédioO prefeito Rafael Greca mandou a mensagem 45 à Câmara Municipal para revogar a lei 8786/95 que ele próprio tinha sancionado em 1995, quando de sua primeira gestão. O que diz essa lei? Diz que todo funcionário municipal que esteja sofrendo de doenças graves, como tumores malignos, hanseníase, cardiopatias, acidentes vasculares cerebrais, Aids, demência e outras moléstias, te o direito de receber da prefeitura os medicamentos de que necessitem.

Não são muitos os servidores atendidos e, portanto, a despesa anual decorrente é inferior aos gastos feitos com a construção do pedestal para a estátua de Confúcio, das luzes de Natal que enfeitam e de outras invenções bizarras que a prefeitura vem fazendo.

Mas a ameaça do corte do benefício já levou pânico compreensivelmente humano para os servidores e suas famílias.

É assim que deve ser entendida a carta que a professora Vera La Pastina endereçou aos vereadores de Curitiba, implorando para que não aprovem o projeto que revoga a lei. Vera trabalhou por 42 anos na prefeitura, contribuiu compulsoriamente para a manutenção do Instituto Curitiba de Saúde e agora, já próxima da velhice, vê-se vítima de um câncer, cujo tratamento não pode ser ser sustentado com os magros proventos que recebe como aposentada.

 

1 COMENTÁRIO

  1. Agora, comparando o dispendido com a manutenção da lei, retiro o que eu disse…eu via como privilégio, agora mudei de opinião. Penso que todos podemos escrever aos vereadores, não só os diretamente afetados, afinal…hj é retirado do funcionário municipal, amanhã do cidadão classificado com a ou b e depois o c e quando a gente vê….já dizia uma música de Geraldo Vandré, não? Um dia levam uma rosa, amanhã uma dúzia e depois de amanhã acabou-se o jardim. Da minha parte pode vender os enfeites de natal e manter os remédios. Como sou eu quem paga, eu decido.

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