(por Ruth Bolognese) – Os cabeças pensantes que cercam a família Barros passam por um dilema estratosférico: se o governador Beto Richa renunciar ao mandato em abril, a vice-governadora Cida Borghetti, que assume o governo, terá um prazo muito curto, não mais do que 3 meses, para se projetar e viabilizar a própria candidatura à reeleição. Estará cumprindo o rito estabelecido pelo chefe do clã, ministro da Saúde, Ricardo Barros, para manter o poder em torno da família.
Com três meses apenas para dizer a que veio, Cida só projetará o próprio nome nos corações e mentes dos paranaenses se lançar medidas de impacto imediato. Atenção: apresentar projetos da ponte de Guaratuba, anunciar, pela centésima vez, a Ferrovia Pé Vermelho ou fazer fotos com empresários chineses interessados em financiar a ferrovia de 1.000 km entre Paranaguá e Dourados no Mato Grosso do Sul é o mesmo que fazer o povo de imbecil. Mais ainda em se tratando de ante-véspera de campanha eleitoral.
O que daria viabilidade e personalidade de candidata à vice-governadora seria, por exemplo, suspender a pesada carga tributária em mais de 90 mil produtos de primeira necessidade que o governador Beto Richa instaurou e prejudicou milhares de pequenas e micro empresas paranaenses. Ou restabelecer os ajustes previstos em lei para o funcionalismo estadual, também negados por Richa.
Com esses dois casos, e são apenas dois exemplos diante de muitas opções, Cida começaria a se inserir, de verdade, no jogo da sucessão, no mesmo patamar dos adversários.
E aí vem o detalhe. Ou o dilema: para se projetar, a Família Barros transformaria seu aliado de hoje, o governador Beto Richa, em pó. Em baixa nas pesquisas, disputando o Senado com adversários do porte de Roberto Requião e com a sucessora revirando seu governo de pernas pro ar, Beto seguiria imediatamente aquele destino que vive falando sobre “não ter vaidades do poder” e que “poderia deixar a política sem sofrer”.
Seria apenas e tão somente um ex-governador desfrutando bons momentos ao lado dos netos e de dona Fernanda, indo de praia em praia e cuidando do corpitcho para exibir na sunga branca durante o verão.
Para a grande maioria dos brasileiros, seria o céu. Para uma boa parte, um pesadelo, definido tão bem por nosso Drumond de Andrade: “eta vida besta, meu Deus!”.
Enquanto isso, no Palácio Iguaçu, a Família Barros…
Os exemplos citados pela jornalista para supostamente dar visibilidade à candidatura da Cida implicam ou aumento de despesa, ou redução de despesa… e se isso ocorrer, mais uma vez quem vai pagar o pato é o povo do Paraná, pois daí o Estado quebra, a exemplo de vários outros país afora… espero que ela não faça essa cxxxxa com o Paraná!
Se ficar com a turpe do Richa, não vai nem sentir o gostinho do tutano.
bela analise. A coisa ta feia D Ruth.
Volto ao melhor acontecimento do 1º bimestre, que definitivamente não foi o aumento do salario minimo, o destile da Tuiutí. Será que o famoso “paranaense médio” é um fantoche a ser manipulado pra lá e pra cá como acham estes oligarcas? E as panelas que agora so servem pra fazer comida, vão ficar silenciosas na hora que forem abertos os trabalhos?
A sensação que eu tenho é que as familias se acham num imenso Maranhão, com muito mais grana pra manipular e o mesmo povo boboca a ser usado quando necessário.
Como o paraense médio é um trouxa iludido, indicaria o estudo do atual estado do Maranhão, que ta na mão do Juiz que passou em 1º lugar no mesmo concurso que o moro fez. E o cara não é do PT, mas não é do clã sarney o que a mudou tudo.