O debate sobre a humilhação

(por Ruth Bolognese) – No Brasil de Bolsonaro ainda tem gente que defende o mesmo tratamento para ricos e pobres nas prisões, ou seja, na base da humilhação democrática. A corrente nos pés do ex-governador Sérgio Cabral, na viagem do Rio a Curitiba, trouxe o assunto à tona.

A tortura, cotidiana nas prisões durante a ditadura militar, foi revelada porque os filhos da classe média passaram por ela. E, se foi reduzida, a prática continua com a ideologia do “bandido bom é bandido morto” e as condições, estas sim, medievais, nas superlotações de todo o País.

A questão do ex-governador Sérgio Cabral tem outro elemento, como o fato de ter desafiado o poderoso juiz Marcelo Bretas, no Rio. Humilhar Cabral é reforçar a tese de que todos são iguais perante a lei e ninguém pode contestar um juiz a céu aberto.

No fundo, é o conhecido abuso do poder, em sua expressão mais banal. Ou, na linguagem da rua, “não se chuta cachorro morto”. Por uma simples questão de humanidade.

4 COMENTÁRIOS

  1. Grande texto D.Ruth. Pena que ate quem sabe ler, não entende e não alcança a profundidade da reflexão.

    A vontade de humilhar os inimigos é medieval. Podemos , agora que a escravidão voltou a ser legalizada, reinaugurar o pelourinho que existiu ali ao lado da Catedral.

    E a Cesar o que é de César : tudo isso começou em Curitiba, através da ação daquela PF que instalou escuta na cela de investigado, do MP do Power Point inviávell e aberto aos négócios que envolvam grana e denuncias que envolvam o Lula, conforme demonstrou o Duran e um juiz de 1ª instância partidário do psdb e dos seus “ideais” e fã dos “líderes” tipo aecio.

    O que a panela de Curitiba quis sempre foi humilhar o Lula, o PT e agora o cabral e muito para dar reporCagem para a globo , que sabia de tudo isso quando era parceira do cara no RJ,

    Lembra do “pixuleco” ? Pois é… é a mesmissima coisa e o mesmo espírito de revanche da classe media e dos partidos sem apoio popular raiz ,sem votos .

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