A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão federal que fiscaliza os fundos pensão, decretou intervenção no Postalis, o fundo dos funcionários dos Correios. Descobriu-se ali um rombo de R$ 5 bilhões, o que obriga os servidores a pagar contribuição extra para a instituição não quebrar de vez.
Grande parte do rombo foi causado por prejuízos em aplicações na BNY Mellon, um fundo americano com uma longa história de trambiques e que também deixou rastros quando passou por Curitiba.
Em 2012, após as gestões dos prefeitos Beto Riha e Luciano Ducci, descobriu-se que o IPMC estava a perigo e ansioso para tirar o dinheiro que aplicou no banco BNY Mellon, dos Estados Unidos. É que, entre outras razões, o fundo é formado por papeis de empresas de baixa credibilidade. Um exemplo: 15% do tal fundo é representado por Cédulas de Crédito Bancário (CCB) emitidos pela empresa Sucos do Brasil, dona da marca Jandaia, que se encontrava em estado pré-falimentar quando, em 2009, o IPMC aplicou R$ 21 milhões pertencentes aos servidores públicos municipais de Curitiba.
Era grande o risco de o IPMC não receber de volta esse dinheiro, como reconhecia a então presidente, Walkiria de Pauli, em carta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Apesar disso, o Tribunal de Contas considerava regulares as contas do IPMC do tempo em que era presidido por Walmor Trentini, quando a mal-sucedida aplicação foi feita.
Este Trentine foi um desastre para o IPMC. De fato trouxe um cidadão ligado ao mega traficante Abadia. Mas com todas as estrepulias foi condecorado com alto cargo na Sanepar, onde está até hoje.
O financeiro do deputado Trentine no IPMC foi o contador do Abadia preso pelo delegado Franchischine. não podia dar certo.