O Arquiteto e o Pedágio

(por Ruth Bolognese) – Meio mundo fazendo o maior auê sobre a citação de Jaime Lerner como o segundo urbanista mais influente do mundo. O primeiro lugar ficou com a norte-americana Jane Jacobs, que revolucionou a forma de se ver e planejar as grandes cidades.

O calçadão da rua XV e a circulação de grandes ônibus em canaletas exclusivas foi a herança que Jaime Lerner deixou aos curitibanos e que o projetou em todo o planeta.

Esse mesmo gênio (sem ironia) montou pequenas fábricas de fazer dinheiro em todas as grandes rodovias paranaenses, entregou-as a empreiteiros que, nos últimos 23 anos, sangraram 11 milhões de pessoas cobrando taxas exorbitantes de pedágios.

A isso se costuma chamar de contradições inerentes aos gênios. No popular, ninguém é perfeito. Pelo menos agora o povo sabe o custo de se ter um gênio como governador.

10 COMENTÁRIOS

  1. Giovani Gionedis é cria dele.
    Mario Celso Petraglia é cria dele.

    Aquele puxa mala dele e denunciado pelo Requião pela TV Educativa
    Aquele jornalista dele no TCE
    O amigo contador de piadas no TCE
    O cunhado no TCE
    A mulher secretária da Criança

    Ou seja – patrimonialismo puro

  2. O sistema expresso já mostra sinais de saturação. A Rua XV, fechada o tempo todo, fica morta após o fechamento do comércio, pois ninguém gosta de passar por lá quando está deserta. Isso poderia ser revisto, liberando o tráfego de veículos em alguns horários. As demais boas obras na cidade não teriam acontecido sem o IPPUC. Restou portanto falar sobre os pedagios e o Banestado, pra ficar apenas nos casos mais famosos.

  3. Foi um bom prefeito (tinha que ter uma vitrine pra seus projetos), ainda que o BRT seja ultrapassado (trem elétrico é muito melhor custo beneficio e mais sustentável sem pneus e combustivel), mas péssimo governador (só nao foi o pior pois os que ai estão conseguiram a proeza), pai dos pedágios mais caros do pais, pai do CASO BANESTADO, aquele caso que deu projeção nacional ao Juiz Sergio Moro e ao eterno DELATOR ALBERTO YOUSSEF.
    ps; nessa mesma epoca o sr Carlos Alberto Richa na condição de deputado estadual votou a favor da venda do BANESTADO (na época o sr Ezequias Moreira Rodrigues, o da sogra fantasma, dava expediente no gabinete do então deputado sr Richa, nesse período a sogra fantasma já estava nomeada)

    • Explicitamente não , mas passou ali na borda. As conseçoes daquele periodo foram criminosas. Compare com as do sec XXI e veja se não era possivel fazer algo bom pra todos. Insisto , vai-se de Floripa ate SP pagando-se o que se paga pra ir de Curitiba pra Paranagua e ainda da pra voltar um bom pedaço.

  4. O lerner prefeito merece tudo de bom que pode acontecer a ele pois foi um cara muito exitoso.

    O lerner governador deu uma no cravo e outra na ferradura. Trazer as montadoras foi bom pro Estado. E privatizar o que deu nem tanto.

    Mas como se esta tratando do arquiteto e urbanista, devemos nos curvar e reverenciá-lo pois continua produzindo soluções , se não ja tão revolucionarias, pelo menos atualizadas, como por exemplo o projeto que acontece em Niteroi, na Região Oceânica da cidade.

  5. Sra. Ruth a concessão feita em 97 foi com base na legislação vigente na época, concessão comum, que impunha um sistema de remuneração, risco, divisão de investimento totalmente diferente do que a lei de concessões através de ppp proporcionaram a partir de 2004.
    Isto é uma das coisas que onerou a tarifa inicialmente, assim como a condição que as rodovias se encontravam até o ano de 1996.
    Agora, se os governos que passaram desobrigaram as concessionárias de realizar obras, aceitaram planilhas com despesas fictícias…. é outra história.

    • Mas muito estranho/suspeito um Arquiteto e Urbanista não saber fazer um contrato coerente sobre obras e infraestrutura (se não sabia e não conhecia um engenheiro que soubesse é incompetente) os pedágios do estado de SP são de vários períodos legais ( alguns com as mesmas exigências dos que aqui vigoram) e não tem nenhuma estrada com nível igual as nossas, a qualidade é muito superior e o preço não é o roubo que é aqui, onde se gasta mais em pedágio que com combustivel…

  6. Pois então sabemos o custo, porém sabemos que as estradas estão bem melhores do que eram, sem buracos, sem condições de tráfego. Que sabe os que reclamam e fazem ironias hoje gostariam de deixar as estradas na conta do estado, ou acreditar na ponte da travessia Caiobá Guaratuba.

    • Amigo, numa boa.. defender o pedágio é uma coisa, defender roubo é outra.

      De caminhão rota Campo Mourão ate Paranagu,a neste pedagio tabajara dava quase que o mesmo valor de um tanque de diesel.So pra ir. E estrada pista simples. So duplica quando entra perto de Campo Largo

      vai-se de Florianopólis ate a cidade de Sap Paulo, pagando o que se paga para ir a Paranaguá.

      E o preço disso fora o encarecimento da produção do Paraná é irrigação de grana pra politico que sem isso já estaria fora da vida pública.

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