Congresso produziu muito pouco

Congresso produziu muito pouco

O Correio Braziliense, jornal que acompanha de muito perto o que se passa nos três Poderes da República, contou o número de leis aprovadas pelo Congresso durante o primeiro semestre. Foram apenas 41, contra a média histórica de 195. Embora em quaisquer períodos examinados a quantidade nunca seja proporcional à qualidade, o índice baixo de produção verificado neste ano autoriza manter o pessimismo quanto ao futuro. O segundo semestre também será conturbado pelas denúncias contra Temer e, sobretudo, pela ansiedade dos deputados e senadores que mais preocupados estarão é com a eleição (principalmente dos próprios) no ano que vem.

Veja o que escreve o Correio Braziliense:

O semestre acabou com baixa produção de leis pelo Congresso Nacional. Deputados e senadores aprovaram 41 propostas, com destaque para a reforma trabalhista. E a perspectiva é de que esse quadro, com o Poder Legislativo funcionando abaixo da média, se repita no decorrer dos próximos meses de 2017. Em meados de julho, já é possível arriscar que dificilmente a média anual de aprovação de proposições, de 195 desde 2007, se repetirá até o final deste ano. Portanto, vale ser pessimista em relação a avanços para as reformas da previdência, tributária, política, ajuste fiscal, modernização da economia.

O prognóstico ruim tem fundamento no contexto político de insegurança, que, no mínimo, persistirá no segundo semestre — se não se agravar. Afinal, o presidente da República continuará sob suspeita e com a permanência no cargo em risco porque a Procuradoria-Geral da República tem prontas mais duas denúncias, além da que trata de corrupção passiva e que passará por votação no plenário da Câmara no começo de agosto. E os parlamentares ainda estarão sob tensão com as consequências da Operação Lava-Jato e com os desdobramentos de delações premiadas.

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