Nova carteirinha estudantil, uma “bomba” contra o socialismo

É uma bomba para vencer o socialismo pregado nas universidades. Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro definiu a nova carteirinha de estudante ao assinar medida provisória criando a ID Estudantil – que agora passa a ser emitida gratuitamente pela internet e não mais pela UNE, entidade que, segundo ele, arrecadava R$ 400 milhões por ano com a taxa de emissão do documento que dá aos estudantes o direito de pagar meia entrada em cinemas, shows e em outros eventos culturais.

Para Bolsonaro, como agora passa a ser gratuita, a emissão da carteirinha vai poupar trabalho de gente que “não estuda e não trabalha”, referindo-se aos dirigentes das entidades estudantis. Dentro de 90 dias, a ID Estudantil estará disponível nas lojas do Google Play e, para obtê-la, bastará ao estudante (da educação básica à tecnológica) apenas preencher campos com nome, RG e escola em que está matriculado.

“Se podemos tê-la de forma gratuita, por que não? Inclusive, fiquei feliz também, que vamos poupar trabalho a uma minoria que representa os estudantes. Eles não vão ter que trabalhar mais. Afinal de contas, seu tempo laboral será zero. Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de uma carteirinha. A liberdade estudantil é muito bem-vinda, e vai evitar, inclusive que certas pessoas promovam nas universidades o socialismo”, afirmou Bolsonaro sob aplausos.

É uma medida simples, disse ele, mas antecessores no ministério da Educação não tiveram “vontade e capacidade” não implantaram, caso do “candidato que chegou ao segundo turno e que ocupou o ministério” e que “não fez nada”, a não ser criar castas, divisão entre gente, cotas… E aproveitou para fazer piada com o deputado Hélio Lopes, presente na plateia, a quem chamou de “negão”.

1 COMENTÁRIO

  1. Carteira de estudante tinha mesmo era que ser restrita a visitas a espaços públicos, e não valer para cinemas e shows privados, onde os empresários simplesmente dobram o preço da entrada inteira para que as meias entradas cubram os custos e os lucros. A partir disso, cada entrada inteira vendida passa a ser lucro extra. Basta comparar os preços praticados, por exemplo, para o mesmo show de uma banda inglesa em turnê nos EUA e no Brasil. Aqui o ingresso costuma custar mais do que o dobro, já convertido em dólares. Tá, a carteira de estudante não é o único fator, mas acho que explica muito a respeito dessas diferenças de preço.

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