No Paraná, alguns servidores são mais iguais do que os outros

(por Ruth Bolognese) – A Assembleia Legislativa, pelo voto de 48 deputados, e o governo Cida Borghetti, pela esperteza de jogar a batata quente no plenário, acabaram de criar no Paraná dois tipos bem diferentes de servidores públicos: as 5 categorias do Judiciário e da Assembleia, com salários invejáveis de até R$ 30 mil e lá vai pedrada, merecem reajuste de 2,76%. Os servidores do Executivo, incluindo aí a rede de ensino, onde a média salarial gira em torno de R$ 5 mil, não merecem nada.

É constrangedor pra todo mundo. E, quer queira, quer não, estabelece um privilégio entre categorias de servidores que, funcionalmente, em nada diferem. No popular, um grupo de servidores, o mais numeroso e o que responde pela sustentação da parte mais complexa da máquina administrativa, vai continuar pagando o preço dos ajustes fiscais do ex-governador Beto Richa e contribuindo para que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja cumprida. Mesmo com 11% de defasagem salarial.

E os outros? Ora, servidores dos tribunais, defensores públicos e da Assembleia vão ser agraciados com o reajuste de 2,76%. Devem fazer por merecer. Ou, na cabeça dos deputados, merecem de fato.

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