O deputado estadual Michele Caputo (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, disse nesta terça-feira (21) que o Paraná começa no dia 3 de agosto a testar a vacina chinesa contra a covid-19. “Já estão no Brasil as 20 mil doses da CoronaVac, fruto de uma parceria com o instituto Butantã de São Paulo. No Paraná, segundo o Hospital de Clínicas, 852 profissionais de saúde vão testar a vacina.
A seleção para os testes já foi aberta pelo Hospital de Clínicas de Curitiba, responsável pela pesquisa no Paraná. Os interessados devem se cadastrar no link: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/vacina. No total, nove mil voluntários serão contemplados em todo o país com as doses da CoronaVac.
Já a vacina da Oxford vai também entrar nos estudos da fase três. “Se aproxima do momento, cumprindo todas as fases e comprovada a eficácia, da produção em escala industrial da vacina que deve estar à disposição no início do ano que vem”, completa o deputado.
Ele avalia que, seja- inglesa ou chinesa, o importante é chegar ao registro do imunizante e começar a produção. “Temos que confiar na ciência para se chegar a vacina ou nos medicamentos na prevenção ou cura da doença”.
Prioridade – O parlamentar disse também que não ficou otimista com a audiência do Ministério da Saúde com a Secretaria de Saúde do Paraná. “O secretário (Beto Preto) pediu uma série de questões e não vi nenhuma delas respondidas objetivamente, inclusive a mais difícil de todos que são os remédios que têm faltado”.
“São os de kit intubação. Esses medicamentos são de primeira e segunda escolhas para quem está entubado, para quem está com ventilação artificial. Cinco ou seis deles já faltam no Paraná, outros têm estoque comprometidos e por mais que se busca, as prefeituras e os hospitais não têm encontrado esses medicamentos à disposição”.
Michele Caputo disse ainda, sobre a reunião, que o mais preocupante é que o Paraná não está na primeira leva da compra centralizada dos kits de intubação pelo Ministério da Saúde. “O sul do Brasil tem o pior momento com o crescente número de óbitos. Se hoje não somos prioridade, qual foi a lógica dessa distribuição feita pelo Ministério da Saúde?”, questiona.