Com uma população de quase 2 milhões de habitantes, Curitiba tem atualmente apenas 115 leitos psiquiátricos. O resultado desse déficit é que em julho, a Capital paranaense tinha mais de 11 mil pessoas na fila por uma consulta com psicólogo, segundo dados do Portal de Transparência do município. Já nas consultas psiquiátricas, a fila é de 3.854 pessoas, sendo 398 crianças.
Para reverter esse quadro, o plano de governo do deputado estadual e candidato à Prefeitura, Ney Leprevost (União Brasil), assume o compromisso de ampliar significativamente a estrutura da cidade para o tratamento de transtornos mentais, incluindo a dependência de drogas e álcool.
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, em Curitiba, o número de pessoas que sofrem de depressão está bem acima da média nacional. Em 2021, 20,9% das mulheres curitibanas foram diagnosticadas com depressão. E 10,4% dos homens curitibanos também já foram diagnosticados com depressão. “Vivemos na era da ansiedade”, lembra Ney, apontando que
investir na saúde mental não só alivia o sofrimento individual, mas também contribui para a redução de custos sociais e econômicos associados a transtornos não tratados, impactando positivamente as famílias e a produtividade da comunidade em geral. “Temos crianças que se cortam, adolescentes sofrendo com bulimia. A taxa de suicídios no mundo depois da pandemia aumentou muito. As pessoas têm abusado cada vez mais do álcool e das drogas. E para combater tudo isso é necessário investir em saúde mental”, defende ele.
Servidores
O plano de governo de Ney prevê medidas como o encaminhamento de casos específicos para tratamentos psicológicos e psiquiátricos em leitos próprios para saúde mental, viabilizados pela ampliação desses serviços no âmbito municipal, onde receberão tratamento e a medicação necessária. “Os nossos servidores também terão à sua disposição programas de saúde mental e bem-estar laboral”, diz ele. “A tecnologia será ferramenta crucial para a gestão inteligente de processos, aliviando a sobrecarga de trabalho”, aponta.
A saúde mental das crianças e dos profissionais da educação será pauta permanente da administração, materializada a partir da disponibilização de psicólogas na rede municipal de ensino. Uma política permanente de cuidado à saúde mental dos servidores será oferecida por uma rede integrada entre a saúde pública e privada, garantindo o atendimento de servidoras e servidores públicos que necessitem de tratamento psicológico e psiquiátrico, para bem servir aos curitibanos.
Esquizofrenia
Considerado o mais grave dos transtornos psiquiátricos, a esquizofrenia atinge 1% da população mundial é a terceira causa em perda de qualidade de vida dos 15 a 44 anos, incluindo todas as doenças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Presidente da Frente Parlamentar da Medicina da Assembleia Legislativa, Ney Leprevost é autor do projeto de lei 217/2024, que cria a Política Estadual de Atenção, Apoio e Proteção dos Direitos das Pessoas com Esquizofrenia. “Muitas das pessoas em situação de rua de Curitiba estão nessa condição porque não tiveram acesso a tratamento para transtornos mentais. Vamos mudar isso com os Centros de Reabilitação, Inclusão, Saúde, Trabalho e Organização (CRISTOs) que podem funcionar em parceria com ONGs, igrejas, clubes de serviços e entidades empresariais”, explica Ney. “Esses centros serão uma eficiente maneira onde acolher essas pessoas. De proporcionar a elas tratamento de saúde com profissionais capacitados e de requalifica-las profissionalmente para voltarem a ter um emprego”, diz Ney.