Ney Leprevost recorre ao MP para tentar impedir Greca de cortar mais de 300 árvores na Av. Arthur Bernardes

O deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), candidato à Prefeitura de Curitiba, protocolou expediente ao Ministério Público do Paraná (MPPR) para tentar impedir o corte de mais de 300 árvores na Avenida Arthur Bernardes. A derrubada da vegetação é parte de um projeto da Prefeitura de Curitiba, comandada por Rafael Greca (PSD), para a instalação de uma nova linha de ônibus.

Um ofício do gabinete de Ney na Assembleia Legislativa foi enviado à 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente a fim de solicitar providências contra a “ação potencialmente criminosa por parte da Prefeitura de Curitiba, visando o

imediato cessamento dos cortes com a devida responsabilização legal”.

 

A comunicação aponta, ainda, que a “Constituição Federal preconiza que todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

 

“É inaceitável que a destruição de árvores imponentes e saudáveis, com muitos anos de vida pela frente, faça parte de um projeto de uma cidade que já foi reconhecida pelo respeito ao tratar do meio ambiente. Cadê a Capital Ecológica?”, protestou Leprevost.

 

Além da supressão da vegetação, com impacto direto na flora e fauna da região, há a preocupação com a impermeabilização do solo no local, para a passagem dos veículos e a construção de um miniterminal de ônibus, incluído no projeto. Receio crescente em tempos de crise climática.

 

“Estamos enfrentando um desafio sem precedentes na história, o aquecimento global. As ações que tomarmos agora terão impactos duradouros sobre as gerações futuras. É fundamental que a gestão pública dê o exemplo, demonstrando que é possível alinhar desenvolvimento urbano e conservação ambiental”, comenta Leprevost.

 

A Av. Arthur Bernardes é também um conjunto de atividades de lazer e esportivas. Oferece quadras de esporte, ciclovias, academia a céu aberto, pista de corrida e caminhada e locais de convivência. Moradores, frequentadores e ativistas estão mobilizados contra as alterações e entregaram um abaixo-assinado com 5 mil assinaturas à Câmara Municipal,

“A coerência entre as políticas públicas e as práticas institucionais é inegociável. A regra que se aplica ao cidadão deve ser rigorosamente seguida também pela prefeitura. Se uma pessoa que remove uma árvore é impedida de obter um alvará de construção, a administração pública também não tem o direito de destruir a natureza”, diz Leprevost.

 

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