O deputado estadual Ney Leprevost (União), coordenador da Frente Parlamentar da Medicina, encaminhou expediente oficial à Prefeitura Municipal de Curitiba cobrando providências urgentes para solucionar o problema da falta de leitos de UTIs e da superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Curitiba.
Segundo informações reveladas pela imprensa, os principais hospitais de Curitiba que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão com pronto-atendimento restrito e alta ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).
O Hospital Cajuru, por exemplo, referência no suporte a vítimas de traumas em Curitiba e Região Metropolitana pelo SUS, está trabalhando com lotação máxima e com períodos de restrição de encaminhamentos, por causa da alta demanda de emergências.
Já o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, que também atende pelo SUS, restringiu o pronto-socorro a somente situações de urgência e emergência e está com ocupação de 100% dos leitos de (UTI).
O Hospital do Trabalhador é outro que segue com lotação máxima, sobretudo com pacientes de trauma. Todos os leitos de UTIs estão ocupados.
As consequências geradas pela superlotação no atendimento de emergência hospitalar incluem o aumento no tempo de espera, dificuldade para estabelecer prioridades para o atendimento, riscos de erros médicos e desestruturação da confiabilidade do sistema de atendimento de emergência da capital.
De acordo com a própria Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, no mês de março, a média de pessoas atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foi de 4.285 por dia, e o tempo médio de espera dos pacientes para uma consulta, está sendo de 4 horas.
Os números mostram uma completa falta de gestão competente e eficiente na saúde pública municipal. “Isto é desumano. Perderam o respeito pela vida. Os servidores municipais da saúde fazem esforços extraordinários para tentar atender as pessoas com qualidade. Mas parece que para a atual gestão, até agora, saúde não foi prioridade. Aliás, a gestão mostrou, inclusive, que não é previdente”, afirmou Ney Leprevost.
O parlamentar ainda voltou a cobrar da Prefeitura Municipal de Curitiba urgência para o atendimento das mais de 206 mil consultas e exames que aguardam na fila de espera na rede pública de saúde.
“O que foi feito com o dinheiro que a União mandou pra prefeitura equipar a saúde pública durante a pandemia?”, questiona o deputado. (Da assessoria de imprensa).