No dia 3 de abril, apenas 72 horas antes de renunciar ao governo do estado, Beto Richa recebeu em seu gabinete no Palácio Iguaçu um grupo de procuradores do Ministério Público Estadual para interrogatório sobre sua eventual participação nos ilícitos levantados pela Operação Quadro Negro. Durante mais de uma hora, foi bombardeado por perguntas.
O Contraponto, que obteve com exclusividade o vídeo de seu depoimento, não pode contar quantas foram as centenas de vezes em que o ex-governador deu respostas assim: “não, não sei…”, “não tive conhecimento…”, “nunca…”, “isto é um absurdo”.
Dos dez primeiros minutos da gravação foram selecionadas tais respostas e condensadas num vídeo de quatro minutos. Veja o resultado.
Apesar das evasivas sem fim, o Ministério Público achou por bem enquadrá-lo como reu em uma ação por improbidade administrativa, que começou a tramitar nesta terça-feira (2) na 5.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Outras dez pessoas responderão também à ação, dentre elas os deputados Valdir Rossoni e Plauto Miró Guimarães.
O teor completo do processo – que demos mais cedo também em primeira mão – você encontra aqui.
Certamente receberá um NÃO da população paranaense nesta e nas próximas eleições.
Esqueceram de perguntar se ele era de fato o governador do Estado do Paraná …