O deputado estadual Missionário Ricardo Arruda, da Igreja Mundial do Poder de Deus (uma dissidência da Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo) tem um estilo de fazer política que está desagradando alguns de seus pares na Assembleia. Na foto, Arruda é o primeiro à esquerda, contrito durante a bênção que o “apóstolo” Valdomiro Santiago dá a Beto Richa.
Eleito com os votos dos fiéis da igreja, pelo PSC, migrou para o DEM e deste para o PEN – que virou Patriotas – ele tem apresentado projetos conservadores, de acordo com a cartilha neopentecostal e a linha bolsonarista. Mas o que incomoda outros deputados não é nada disso.
É que o ínclito deputado anda avançando com muita sede ao pote, ciscando em terreiros alheios.
Já andou distribuindo recursos em Francisco Beltrão, no Sudoeste, e prometendo verbas para Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, sendo que não representa nenhum desses municípios na Assembleia.
Os deputados de Beltrão e região – Ademar Traiano, Wilmar Reichembach, Guto Silva – entre outros – já torcem o nariz para o intruso, devidamente identificado como deputado paraquedista – aquele que não tem vínculo algum com a cidade ou a região mas insiste em tentar cabalar votos aqui, ali e acolá, onde o vento levar.
Na cidade, o Missionário conta com o vereador Pedro Tufão. Parece não ter aprendido uma lição fundamental para quem se aventura do púlpito para a política: o apoio dos pequenos é bom, mas não se pode comprar brigas com os cachorros grandes.