Ao tomar posse como procurador-geral da República nesta quinta-feira (26), Augusto Aras anunciou que a tônica da gestão à frente do Ministério Público Federal (MPF) será o diálogo. Aras defendeu a autonomia entre os Poderes e enfatizou a independência do MP. “A nota forte de nossa gestão há de ser o diálogo e, com esse diálogo, compreendemos que poderemos resolver os problemas do Brasil”, apontou.
Ao receber o novo procurador-geral em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) também enfatizou a necessidade de o Ministério Público agir com independência e autonomia para desenvolver políticas de interesse do país. “O MP deve continuar altivo, responsável e independente”, afirmou Bolsonaro, a respeito da indicação de Aras, que foi feita fora da lista tríplice apresentada pelo Conselho Nacional do Ministério Público. “Todos nós ganhamos com essa indicação”, completou.
O nome de Aras foi aprovado no plenário do Senado por 68 votos a favor e 10 contra, mais uma abstenção, na noite dessa quarta-feira (25). A indicação do novo procurador-geral foi aprovada com ampla maioria, no início da tarde, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
A indicação de Aras, no entanto, como substituto de Raquel Dodge causou polêmica entre colegas da PGR, uma vez que estava de fora da lista tríplice, que era até então seguida pelos presidentes brasileiros desde 2003. O argumento defendido por procuradores é de que a escolha de Aras menospreza o princípio da transparência.
Uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) foi publicada na noite dessa quarta-feira (25) com decreto do presidente Jair Bolsonaro que traz a nomeação de Augusto Aras para a PGR.