Na Fiep, Moro defende “mais democracia” e explica porque aceitou ser ministro

Em sua primeira aparição pública desde que aceitou o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ocupar o ministério da Justiça, o juiz Sergio Moro fez uma defesa da democracia e afirmou que os problemas de corrupção que o Brasil enfrenta não seriam vencidos em outro tipo de regime político.

Moro falou na noite desta segunda-feira (5) para uma plateia de 700 empresários na abertura da 5ª Smart Energy CIEI&EXPO, evento sobre o tema “Construindo o Brasil que queremos”, que discute o mercado de construções sustentáveis, no centro de Convenções da Federação das Indústria do Paraná.

Já indicado para ocupar o superministério da Justiça de Jair Bolsonaro, Moro disse que se a corrupção for sistêmica há abalo na confiança das pessoas e talvez isso explique certa frustração de parte dos brasileiros com a democracia, mas reformou que vício da corrupção só se resolve com mais democracia. “Ela é o único regime no qual esses escândalos podem vir à tona”.

O juiz também explicou a razão pela qual aceitou o convite de Bolsonaro. Moro disse ter passado diversos momentos tensos durante a Lava Jato e, em muitos deles, achou que os poderosos iriam conseguir colocar fim na operação.

“Resolvi não ficar esperando o dia em que a boa sorte da Operação Lava Jato e do juiz Moro iria acabar e não ficar mais correndo atrás de possíveis retrocesso. Não ficar mais na expectativa de que o fim desse bom trabalho teria chegado, mas sim aceitar a oportunidade de, em uma posição de poder, junto com o governo, Congresso e sociedade civil, ao invés de temer retrocessos, avançarmos. Essa é a razão da minha decisão de ter aceito o convite”

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