Mudanças na Corte Constitucional dos EUA?

Por Claudio Henrique de Castro –

Com nove juízes vitalícios, a Corte Constitucional dos EUA já foi comparada a uma garrafa fechada com nove escorpiões dentro.

Sua composição com a última indicação presidencial ficou majoritariamente conservador-republicana com seis votos e com minguados três votos liberais-democratas.

Os juízes são vitalícios para valer, até quando suas forças permitam eles não largam a rapadura.

No Brasil a história é parecida, vai até os 75 anos, e compromissos ideológicos são como plumas ao vento (La donna è mobile).

Fazer o quê?

Aguentar personagens nobiliários para o resto das suas vidas, desconectados do voto popular e dos compromissos com o povo?

Há um projeto de emenda constitucional nos EUA, que não passará no Senado, que desafia esta vaca sagrada das indicações.

Este projeto limita para 18 anos a atuação dos ministros e passado este tempo, eles podem voltar à planície dos tribunais inferiores.

Outra proposta de emenda aumenta de 9 para 15 ministros a composição Suprema Corte, com cinco conservadores, cinco democratas e cinco sem pai nem mãe.

Tudo porque a Suprema Corte quando julga acaba criando direitos sem a participação dos outros poderes, do Legislativo ou do Executivo.

E no Brasil?

São onze ilhas incomunicáveis, como já definiu um ex-ministro.

Toda emenda que altera o Supremo brasileiro é considerada profana. O Centrão nadaria de braçada (já não está?) e haveria um grande retrocesso (já não o temos?).

E em Portugal e no resto do mundo europeu?

Há mandato por tempo certo e as indicações não são exclusivas do Poder Executivo. Europeu entende de Corte Constitucional.

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