MP/PR desconvida promotor afastado da Operação Quadro Negro

(por Ruth Bolognese) – O promotor Carlos Alberto Choinski, que ontem teve seu afastamento da Operação Quadro Negro publicado no Diário Oficial, foi desconvidado de realizar sua palestra no Terceiro Encontro das Oficinas para o Desenvolvimento de Protocolos de Investigação do MP/PR, que acontece em Curitiba, hoje e amanhã.

As informações não oficiais dão conta que a direção do MP-PR não quis correr o risco de algum desagravo dos colegas ao promotor Choinski durante o encontro. Até mesmo a programação foi retirada do site do MP.

A palestra do promotor Carlos Alberto Choinski estava no item “Caso Quadro Negro – Organização e análise documental” ao lado dos promotores Aysha Sella Claro de Oliveira e Alexey Choi Carunho.

Como se sabe, o promotor Carlos Alberto Choinski era o chefe das investigações sobre a chamada “Operação Quadro Negro” que durante os últimos 2 anos recolheu informações, depoimentos e delações premiadas sobre o desvio de cerca de R$ 30 milhões de recursos destinados a reformas e construção de escolas publicas em todo o Paraná.

Todo o processo criminal sobre o desvio seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), por envolver o nome do deputado federal, atual chefe da casa civil, Valdir Rossoni, que detém prerrogativa de foro nesta instância superior; por conexão, os nomes do governador Beto Richa e dos deputados Ademar Traiano (presidente da Assembleia) e Plauto Miró integram o mesmo processo.

A parte cível, de responsabilidade do MP PR, já que envolve dano ao patrimônio publico, deve ser conduzida no Paraná. Mas ao solicitar ao procurador-geral, Ivoney Sfoggia, os pedidos para notificar o governador Beto Richa, o chefe da Casa Civil e os dois deputados estaduais, o promotor Choinski foi subitamente afastado da Operação Quadro Negro.

1 COMENTÁRIO

  1. O ultimo parágrafo mostra claramente que houve um planejamento para pedir a prisão do Richa às vésperas de campanha. Tudo para ver se o Richa iria nomear o primeiro da lista tríplice (lista com 3 candidatos do mesmo grupo para diluir votos e aniquilar qualquer oposição). Interferiram na independência do dr. Choinski. Com certeza o viés ideologico prevaleceu com o “fora temer” nas ruas. A instituição assim aparelhada mostra o quanto o PT foi longe com seus militantes “roxos”, a ponto de jornalistas cariocas procurarem um “porto seguro” para cobrir a prisão do Lula.

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