O radialista, jornalista e ex-deputado estadual Ricardo Chab morreu na tarde desta quinta-feira (3), aos 61 anos. Ele estava internado no Hospital Marcelino Champagnat desde o dia 29 de setembro, após ter sofrido um infarto.
Ricardo Chab nasceu em Santa Isabel do Ivaí, no Paraná, e mudou-se para Curitiba em 1979, para cursar o ensino superior em Jornalismo. Formou-se pela Universidade Federal do Paraná em 1983 e trabalhou primeiro na Rádio Colombo.
Nas décadas de 1980, 1990 e 2000, trabalhou como radialista em várias rádios de Curitiba e região, e a partir de 2002, passou a ser apresentador de programa policial na televisão, como ‘Tribuna na TV’, no SBT, e o programa ‘Na Hora do Almoço’, na RICTV. Em 2008, comprou a Radio Eldorado AM de São José dos Pinhais de propriedade do apresentador Ratinho e renomeou para Radio Mais AM. Era dono da rádio desde então.
Na política, Chab concorreu a uma vaga de vereador de Curitiba em 1988, pelo PTB, mas não foi eleito. Em 1990, concorreu para deputado estadual na Assembleia Legislativa do Paraná e conseguiu uma suplência pelo partido. Em 1994, já no PMDB, foi eleito deputado estadual com com 32.707 votos. Em 1998, retornando para o PTB, foi reeleito para a Assembleia Legislativa do Paraná, com 38.427 votos. Em 2002, na tentativa de reeleição para o mesmo cargo e com apenas 22.856 votos, não foi eleito e seus votos não foram suficientes nem para uma vaga de suplência pelo PMDB.
Nos oitos anos que exerceu o mandato de deputado, foi o autor da lei que criou o Serviço de Investigações sobre Crianças Desaparecidas no Paraná (Sicride), em 1995, e também fez a lei que estabelecia a fixação de cartazes com fotos para identificação de crianças desaparecidas nos ônibus intermunicipais com concessão ou permissão para funcionar no estado, em 1996, entre outras.
Em 2008, Chab foi preso em flagrante, em sua empresa, acusado de extorsão praticado contra um empresário do ramo de segurança privada de Curitiba. O caso ficou conhecido como o “Caso Centronic”. O crime ocorreu em outubro de 2007, quando seguranças da empresa de segurança privada Centronic, torturaram e mataram o estudante Bruno Strobel Coelho (filho do jornalista Vinícius Coelho) por pichações no muro da Clinicor, em Curitiba. Seu corpo foi encontrado, dias depois do crime, na cidade de Almirante Tamandaré. (Do porta lBem Paraná).