(do jornal O Globo) – Diante do presidente Michel Temer, o juiz federal Sergio Moro cobrou, na noite desta terça-feira (5), a adoção de medidas do governo para acabar com a corrupção no Brasil. Na entrega do prêmio Brasileiro do Ano, da revista “IstoÉ”, Moro também pediu mais recursos para a Polícia Federal e a ajuda do governo federal para influenciar o Supremo Tribunal Federal (STF) a manter o entendimento de que condenados em segunda instância devem ser presos.
Moro, que recebeu o prêmio principal concedido pela publicação, ainda defendeu o fim do foro privilegiado, sendo aplaudido por boa parte da plateia. Investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) graças ao foro privilegiado, Temer, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não acompanharam os aplausos.
Ao ser chamado para subir ao palco, Moro cumprimentou rapidamente o presidente Michel Temer. Os dois se sentaram próximos durante o evento, mas não lado a lado. O presidente executivo da Editora Três, Caco Alzugaray, ficou entre eles. Quando a premiação do juiz foi anunciada, Temer, Eunício, Moreira Franco e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , aplaudiram, mas não se levantaram, como fizeram os demais presentes ao palco.
– Embora o funcionamento efetivo da Justiça seja uma condição necessária para superação da corrupção, essa não é uma condição suficiente. São necessárias reformas mais gerais, mudanças de praticas administrativas. Não há um melhor momento, seja no presente momento seja nas eleições vindouras, para que a sociedade discuta essas questões. São necessárias políticas públicas – afirmou Moro, em seu discurso.
O juiz fez uma contundente defesa da manutenção do entendimento do que condenados em segunda instância devem começar a cumprir a pena e cobrou diretamente Temer para que não ocorra mudança com relação a isso:
– Espero que não só nas próximas eleições, mas o atual governo federal, tomando a liberdade senhor presidente, incentive e utilize o seu poder, respeitando evidentemente a independência do Supremo, para influenciá-lo de forma a não alterar esse precedente. O governo federal tem um grande poder e grande influência e pode utilizar isso. Se houver mudança (no entendimento de que condenados em segunda instância devem começar a cumprir a pena) , seria um grave retrocesso.
Mas o Temer toda semana mantém conversas com membros do STF, o Gilmar Mendes vive indo a reuniões fora de agenda…
Ja ta tudo “Serto”…
Jucá ja bem disse
“Com o supremo, com tudo”
O Moro agora já não serve pra mais nada, já usaram ele, agora cai no esquecimento…