O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que foi alvo de ataques do “gabinete do ódio”, grupo composto por assessores bolsonaristas que usam as redes sociais para atacar adversários do presidente. O depoimento foi dado no último dia 12 no curso da investigação sobre atos antidemocráticos praticados entre março e junho deste ano. O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República(PGR) e tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o jornal O Globo, Moro ainda disse à PF que ouviu de outros ministro do Palácio do Planalto que o filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) , tem ligação com o grupo.
“Indagado se tem conhecimento do envolvimento de Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Tercio Arnaud, José Matheus, Mateus Matos em quaisquer dos fatos ora mencionados, respondeu que os nomes de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud eram normalmente relacionadas ao denominado ‘Gabinete do Ódio’; indagado sobre como tomou conhecimento da relação de tais pessoas com o denominado ‘Gabinete do Ódio’, respondeu que tomou conhecimento por comentários entre ministros do governo; indagado sobre quais ministros citavam a participação de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud no ‘Gabinete do Ódio’ respondeu que eram ministros palacianos”, diz o depoimento.
Perguntado sobre quais ministros seriam esses, Moro preferiu não citá-los nominalmente.
Moro Fofoca, personagem de novela
O que ele ficou fazendo lá no Ministério da Justiça, a ponto de saber e não mandar investigar na época?
Quando soube, das duas, uma: ou mandava a PF investigar, ou pedia demissão do cargo na mesma hora.