O ministro Gilmar Mendes criticou nesta quarta-feira, 11, o juiz Sérgio Moro, por suas decisões de mandar prender preventivamente alvos da Lava Jato por largo período, relata o jornal O Estado de São Paulo. Durante o julgamento de pedido de habeas corpus do ex-ministro Antônio Palocci (governos Lula e Dilma), preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato, Gilmar fez um aparte para contestar as longevas prisões ordenadas por Moro. O habeas corpus a Palocci acabou negado por seis votos a cinco.
“Já que se tem o Código Penal de Curitiba, também se cria a Constituição de Curitiba”, disse Gilmar. “É isso que nós estamos fazendo, é isso que nós estamos fazendo. As prisões provisórias, as prisões cautelares, elas ganham caráter de definitividade.”
“Nós tornamos as prisões provisórias do doutor (Sérgio) Moro em prisões definitivas. Esse é o resultado nesses casos. É melhor suprimir a Constituição Federal, já que tem o Código Penal de Curitiba. Deviam criar a Constituição de Curitiba também”, ironizou o ministro.
O ministro seguiu. “Por que se trata de decisões bem elaboradas?, porque esse sujeito fala com Deus?”
A sessão do STF terminou com o pleno negando o pedido de habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci. A mesma maioria de 6 a 5 que já havia se formado para negar liberdade a Lula se repetiu para decidir que o habeas corpus de Palocci não fosse sequer analisado, já que ele tratava de uma prisão preventiva anterior a sua condenação a 12 anos e 12 meses de prisão, que gerou outra prisão preventiva.
A “constituição de Curitiba” seja mais eficiente que a “constituição política”. Querem retroceder os avanços aos tempos em que tudo era “lícito”. Neste pais cadeia medieval só para pobres e miseráveis. Os bilhões de dólares no exterior, recuperados pela operação lava jato, seria uma ilusão de ótica. Enquanto o fator político influenciar na indicação e ocupação de cargos de ministros da suprema corte, a sociedade estará vulnerável.
E com quem fala o ministro?????