Ministros adotam cautela diante de taxação ao aço anunciada por Trump

Os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Tereza Cristina, adotaram nesta segunda-feira (2) um discurso de cautela diante da declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o seu país retomaria as tarifas sobre o alumínio e o aço do Brasil e da Argentina. A medida, segundo o post do dirigente norte-americano, seria consequência da desvalorização do real e do peso.

O chanceler Ernesto Araújo afirmou, após um evento realizado nesta segunda-feira à tarde, no Palácio do Planalto, que a avaliação ainda está em nível técnico, especialmente por integrantes do governo em Washington. Ele fez questão de dizer na continuidade que a ligação aventada pelo presidente Jair Bolsonaro a Donald Trump não foi realizada. Pela manhã, Bolsonaro disse que poderia ligar para o norte-americano.

“Vamos conversar, vamos entender a medida, vamos agir com toda a tranquilidade. Vamos ver, claro, qual é o impacto, avaliar exatamente em que tipo de medidas os Estados Unidos estão pensando”, disse.

A ministra da Agricultura, por sua vez, afirmou que o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, está à frente da análise na área. “Não adianta se precipitar”, declarou a ministra.

Questionado ao fim da mesma cerimônia, Bolsonaro direcionou as perguntas ao ministro da Economia,Paulo Guedes, dizendo que ele estava presente no local. Guedes, porém, deixou o Planalto sem dar entrevista.

Antes do evento, o presidente se reuniu com o chanceler, Guedes e o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Carlos Roberto Pio da Costa Filho. (M).

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