Durante entrevista na manhã desta sexta-feira (4) para anunciar o resultado da última edição do ” do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia, a cada três anos, o rendimento de graduandos do ensino superior do país. o ministro da Educação, Abraham Weintraub, propôs que alunos que não acertarem ao menos 10% da prova não possam se graduar.”Hoje, a lei não nos permite punir uma pessoa que não acerta ao menos 20% da prova. Nossa vontade é que esse aluno não pudesse se formar”, disse. “Ainda não temos como fazer isso, mas é um projeto do governo Bolsonaro e, ao longo dele, vamos arrumando essas situações esdrúxulas”.
Mais de 2,5 mil de cursos avaliados, 29% do total, obtiveram desempenho considerado abaixo da média, ou seja, conceito 1 e 2. Destes, 1.397 são ofertados por instituições privadas com fins lucrativos e 864 por faculdades privadas sem fins lucrativos. O Enade é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Um dos dados que mais chama a atenção nesta última edição é o índice de cursos de faculdades privadas que alcançaram conceito máximo, 5, no Enade 2018: apenas 3,3%. De um total de 7.276 cursos de instituições privadas, apenas 240 obtiveram essa nota. A escala de classificação vai de 1 a 5. Na rede pública, por outro lado, mais de 20% dos cursos alcançaram o conceito máximo. Do total de cursos avaliados, 8.520, apenas 5,8% foram avaliados com nota 5.
De acordo com o ministro Abraham Weintraub, além disso, a pasta não percebe uma “diferença significativa” entre os resultados de cursos presenciais e a distância. “Não há preocupação quanto a qualidade dessas duas modalidades”, disse. Mais de 300 cursos de graduação do país ficaram sem conceito nesta última edição do Enade.