Diante de uma plateia formada por políticos, proprietários rurais e ambientalistas em Ponta Grossa, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admitiu que pode rever as fronteiras do Parque Nacional dos Campos Gerais , sediado na cidade. Além da unidade paranaense, outras no país também teriam suas demarcações analisadas. No entanto, por determinação aprovada no ano passado por unanimidade no Supremo Tribunal Federal, a redução ou extinção de uma área protegida só pode ser realizada por lei.
Salles sobrevoou sete pontos da unidade de conservação, que tem 21 mil hectares, ao lado da deputada federal Aline Sleutjes (PSL-PR), que reivindica a revogação do decreto que, em 2006, criou o parque nacional. Segundo a parlamentar, a lei ambiental em vigor na região inviabiliza atividades econômicas de aproximadamente 150 famílias.
— A situação que não pode perdurar é essa que está estabelecida há 13 anos, desde que o parque foi criado — disse Salles, em entrevista ao G1. “Há uma instabilidade jurídica, de um modelo que impôs restrições à propriedade e, por outro lado, não indenizou adequadamente os proprietários, impedindo o reinvestimento, o planejamento”, afirmou o ministro.
A imprensa foi impedida de acompanhar as reuniões.
Desta vez, funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) puderam participar do encontro com o ministro. No mês passado, eles não foram convidados em um encontro de Salles com ruralistas em Tavares (RS), após uma visita a parques nacionais gaúchos. Mas por não terem comparecido, o ministro mandou abrir um processo disciplinar contra eles.
O GREEN PEACE não fala nada?!
Se ele sobrevoou a região, já tem conhecimento do desastre provocado pelos plantadores de soja. De duas uma, ele vai regularizar o crime ambiental extinguindo o parque de conservação ou vai dar início ao processo de responsabilização. Alguém acha que a biodiversidade da região está por lá ainda? Já era. Qualquer dia desses cai um trator no buraco do padre!!!