O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por tráfico de influência. A informação é do UOL, que diz haver suspeitas de que o atual ministro falsificou documentos e pressionou servidores públicos para tentar defender os interesses de uma construtora enquanto era secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Em reportagem publicada nesta sexta-feira (13), o UOL afirma que Salles é investigado por “fazer pressão em policiais, delegados, juízes e usar relações pessoais e cargo político para tentar direcionar inquéritos e processos”. Ainda segundo o UOL, o atual ministro também tentou influenciar investigações na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e comandou um esquema que falsificou documentos em processos judiciais por conta dos interesses de uma construtora.
As suspeitas fazem parte de um inquérito que tramita na 6ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital do MP-SP (Ministério Público de São Paulo). “De acordo com a investigação, existem pelo menos 14 situações, entre os anos de 2014 e 2016, onde Salles é suspeito de incorrer no que pode ser considerado tráfico de influência, advocacia administrativa (quando um funcionário público defende interesses privados junto à máquina pública valendo-se do cargo) ou exploração de prestígio”, informou o UOL.
O Ministério Público, porém, não decidiu ainda se denuncia ou arquiva o processo contra Ricar Salles. Nessa quinta-feira (12) por sua vez, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, decidiu que Salles irá a julgamento por conta de outra denúncia, realizada já na sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente do governo Bolsonaro. É um processo da Rede Sustentabilidade que pede o impeachment de Salles por omissão do governo no combate às queimadas na Amazônia.