Feito em novembro de 2019, o Enem tem seu resultado usado como critério para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que oferece 237 mil vagas nas universidades federais. Quando as notas foram divulgadas, em janeiro deste ano, estudantes apontaram inconsistências na correção das provas e tiveram os pedidos de revisão negados. Depois, o Ministério da Educação admitiu inconsistências, que atribuiu à impressão das provas.
Autor de um dos requerimentos que pediram a vinda do ministro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) citou relatório da comissão externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos do ministério, que apontou diversos erros de gestão.
“Dentre os inúmeros problemas de gestão do MEC e do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], o relatório da Câmara dos Deputados apontou diminuição no nível de escolaridade dos ocupantes de cargos comissionados, a instabilidade, a baixa capacidade no recrutamento e baixa qualidade na retenção do corpo técnico. Isso resultou em vacância nos cargos estratégicos e paralisia decisória em coordenações e secretarias da pasta”, afirmou Randolfe.
O senador também apontou a falta de justificativa do Inep, responsável pelo exame, para a contratação da gráfica Valid, que imprimiu as provas.