A procuradora do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), Cláudia Honório, determinou nesse domingo (23) a instauração de um Procedimento de Acompanhamento Judicial (PAJ) na ação civil contra a Lar Cooperativa Industrial, acusada de suposto assédio eleitoral aos seus trabalhadores. “Considerou-se existirem provas suficientes da prática, pela Inquirida (cooperativa Lar), de lesões à ordem trabalhista, em prejuízo a uma coletividade de trabalhadores, consubstanciada em assédio eleitoral”, diz o despacho da procuradora.
O MPT já recebeu dez denúncias contra a Lar sobre assédio eleitoral. “Sendo graves os fatos, e diante da negativa de empregadora em ajustar sua conduta, havendo descumprimento da recomendação encaminhada, viu-se o MPT compelido ao ajuizamento de ação civil pública, objetivando tutela jurisdicional para determinar que a cooperativa observe a legislação laboral, sob pena de pagamento de multa coercitiva, bem como condenar a ré ao pagamento de indenização pelos danos causados à coletividade”, determina a procuradora Cláudia Honório.
A ação civil pública pretende coibir a continuidade do assédio eleitoral praticado pelo diretor-presidente da cooperativa. “Por fim, informa-se que os promotores eleitorais das zonas de Medianeira e Matelândia já foram oficiados a respeito dos fatos investigados”.
Na última sexta-feira (21), o ex-candidato a vice-governador do Paraná na chapa de Roberto Requião, Jorge Samek, via redes sociais, repudiou o uso da estrutura da cooperativa Lar por parte de seu presidente para beneficiar Jair Bolsonaro, disseminando medo e mentiras aos seus cooperados e trabalhadores sobre Lula e por praticar crime de assédio eleitoral. “Eu, como engenheiro agrônomo, agropecuarista e ex-diretor-geral da Itaipu, sou testemunha viva da transformação que ocorreu no setor rural quando o Lula foi presidente. Foi um dos setores mais beneficiados pelo governo”, rebateu. (Da assessoria de Jorge Samek).