A trajetória de um dos jornalistas mais importantes do Paraná, Luiz Geraldo Mazza, vai ser contada num documentário de curta-metragem pela jornalista Miriam Karam. O projeto, que se chama “Mazza, o jornalista da boca maldita”, já foi aprovado pela Lei do Audiovisual e está em fase de captação de recursos. “Uma parte, principalmente as gravações, foi feita com recursos próprios, enquanto o Mazza estava vivo, mas não tem como continuar sem apoio, porque o processo é muito caro”, conta Miriam Karam.
A jornalista também editou um livro, “A Verve e o Verbo”, reunindo escritos do mestre, entre ensaios, poemas e reportagens. Mazza trabalhou até o final da vida, e foi uma voz que se destacou desde que começou no jornalismo, há 70 anos – ele morreu neste ano com 93 anos. Sem papas na língua, o jornalista inspirou todas as gerações que lhe seguiram, por nunca se calar diante dos poderosos e por ser um exemplo de ética e dignidade.
O documentário acompanha Luiz Geraldo Mazza nas atividades cotidianas em Curitiba, no jornal, na rádio, na Boca Maldita, no bar e na rua, para mostrar uma vida dedicada à divulgação dos fatos que valem a pena; e mostrar que a informação é indispensável ao exercício da cidadania.
Ao público em geral, a trajetória do jornalista é importante na medida em que recupera a história do Paraná e do Brasil em vários momentos decisivos tanto para a política de um modo geral como para o jornalismo e o direito à informação.