Durante uma manifestação a favor da abertura da CPI da Lava Jato, e pela ‘moralização do STF’, em Brasília, marcada por críticas e ofensas a integrantes do Supremo Tribunal Federal, um grupo de pessoas vestidas de verde e amarelo tentou derrubar as grades que cercam a área externa do tribunal para invadir o edifício-sede STF, o que levou policiais a disparar gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
Um policial militar foi atingido por uma pedra atirada por um manifestante, mas, segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurou, o estado dele não é grave. Ele foi atendido no departamento médico do STF.
O cheiro do gás lacrimogêneo chegou ao edifício-sede do STF, o que levou seguranças a fecharem às pressas as janelas do tribunal para tentar evitar a sua circulação dentro das instalações da Corte.
O gás, no entanto, invadiu as dependências do tribunal, assustando convidados e servidores que acompanham a sessão plenária do STF nesta tarde. Bombeiros chegaram a distribuir máscaras para o público.
Os seguranças também mantiveram por instantes as portas do plenário fechadas, para impedir que o gás lacrimogêneo chegue ao local onde atuam os 11 ministros da Corte.
Apesar da tensão na Praça dos Três Poderes, o STF retomou a sessão que discute do habeas corpus de um ex-gerente da Petrobras que discute o direito de um réu se manifestar na ação penal após as alegações dos delatores acusados no processo.O resultado desse julgamento pelo plenário da Corte pode levar à anulação de mais condenações da Lava Jato e, eventualmente, beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Informações de O Estado de S. Paulo).