Para ser suplente de candidato a senador não precisa ter votos, basta ter dinheiro ou forma de arranjá-lo para financiar a campanha do titular. Com sorte – vai que o senador morre, se licencie ou seja cassado – lá está o suplente pronto (e ávido!) para assumir o mandato. Hoje, 11 dos 81 senadores brasileiros são suplentes – em grande parte gente desconhecida em seus próprios estados e que nunca disputou uma eleição.
Agora vem mais um: com a licença de Cristóvam Buarque (PPS), que sairá pelo Brasil em pré-campanha à presidência da República, vai assumir Wilmar Lacerda, do PT. Não teve um só voto, mas passa agora receber agora R$ 33 mil mensais e – pasmem! – um plano de saúde completíssimo, vitalício, extensivo a toda a família.