O Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares as contas da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) e responsabilizou seu diretor-presidente, Adalberto Durau Bueno Netto – filho da República de Maringá e primo do deputado Ricardo Barros, marido da governadora Cida Borghetti.
O motivo que levou à desaprovação das contas foi a falta de formalização do contrato de gestão com o governo do Estado, descumprindo a lei que criou a entidade.
A Terceira Inspetoria de Controle Externo (3ª ICE) apontou três irregularidades nas contas de 2015: falta de realização de processo seletivo de pessoal; diretoria executiva composta sem o atendimento a disposições legais; e não formalização do contrato de gestão.
A Agência de Desenvolvimento Paraná (APD) é um serviço social autônomo criado em 2011, primeiro ano do primeiro mandato de Beto Richa. Ela é um dos instrumentos para a atração de investimentos para o estado, em seis seis setores que foram definidos como prioritários: automotivo, agricultura e agroindústria, aeroespacial, energia, ciência e tecnologia.
O TCE, no entanto, não encontrou estipulação de metas de desempenho, “situação inadmissível para qualquer entidade que recebe recursos públicos”, apontaram os analistas. O relator do processo, conselheiro Ivens Linhares, concluiu que as contas da entidade estão irregulares, com ressalvas, recomendações e multas. O Ministério Público de Contas (MPC-PR) concordou com o parecer da unidade técnica.