Maioria acredita que Lava Jato cometeu excessos, aponta pesquisa

Mais da metade dos brasileiros consultados acredita que a Lava-Jato cometeu excessos em nome de uma agenda de combate à corrupção, mas há divergências entre os eleitores sobre como proceder sobre decisões específicas tomadas no âmbito da operação. É o que mostra a 18ª edição da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 9 e 11 de outubro.

O levantamento ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre os dias 9 e 11 de outubro. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na pesquisa, foram dadas três opções de respostas aos entrevistados sobre a operação, além da possibilidade de não adotar posição: 1) A Lava-Jato cometeu excessos, mas o resultado valeu a pena; 2) A Lava-Jato cometeu excessos e algumas decisões tomadas com base nela devem ser revistas; 3) A Lava-Jato não cometeu excessos ao combater a corrupção.

Segundo o levantamento, 54% acreditam que a Lava-Jato cometeu excessos: 14% ressaltam que os resultados valeram a pena, enquanto 40% defendem que algumas decisões tomadas devem ser revistas.

A soma dos dois grupos é a mesma verificada na pesquisa de agosto, mas mostra uma continuidade na tendência de crescimento do segundo grupo, que saltou de 30% em junho para atuais 40%.

Dos entrevistados, 36% dizem que a operação não extrapolou suas competências e 10% não responderam ao questionamento. A posição contrária à revisão de decisões permanece majoritária. É o que indica a soma das respostas 1 (“a Lava-Jato cometeu excessos, mas o resultado valeu a pena”) e 2 (“a Lava-Jato não cometeu excessos ao combater a corrupção”).

 

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