Na próxima terça-feira (28), às 19 horas, vai ser lançado na Livraria da Vila, no Pátio Batel, em Curitiba, o livro “Ney Leprevost – política é para quem gosta de gente”, primeira obra referente a Ney Leprevost, um dos nomes mais atuantes da política paranaense. Escrita pelos jornalistas Sandoval Matheus e Sandro Moser a partir de pesquisas historiográficas e depoimentos do próprio Ney, familiares e amigos, a obra combina memórias afetivas com um inventário das ideias, das ações e da trajetória profissional e política do deputado que começou a trabalhar como repórter com apenas 13 anos de idade.
Em seus dois primeiros capítulos, o livro vai além, e disseca a saga da família Leprevost, desde suas raízes na Europa, mais precisamente na França, até a participação, já em terras brasileiras, de momentos históricos da vida nacional. A começar pelo francês Jean-Léon Le Prevost, que em 1845, quando já era casado havia 11 anos, rompeu o matrimônio a fim de se dedicar exclusivamente às obras de caridade e à vocação de sacerdote.
Virtudes
Como tal, Jean-León foi um dos fundadores da Sociedade São Vicente de Paulo e da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo. Morreu em 1874, e desde então o reconhecimento de suas obras e realizações só aumentou. Em 1998, foi declarado venerável – um passo dentro do processo de beatificação – pelo papa João Paulo II, que atestou em sua trajetória a presença de virtudes heroicas, como explicam os autores.
O livro conta ainda a história do sobrinho de Jean-Leon, o padre George Achilles Leprevost que jogou a batina no mar para se casar com a viúva Sophie. O casal aportou de navio no Brasil dois anos antes da morte do antepassado ilustre, se casou e se instalou inicialmente na Colônia Assungüi (atual município de Cerro Azul, na região do Vale do Ribeira), antes de se estabelecer em definitivo na comunidade de Tijucas (hoje Tijucas do Sul). Ele lutaria na mais sangrenta guerra civil da história do país, a Revolução Federalista.
O avô
Outro relato que se destaca é do doutor Ney Leprevost, avô do deputado que, antes de se tornar prefeito de Curitiba, atuou na Revolução Constitucionalista de 1932, participando da caravana acadêmica da Universidade do Paraná. “Nossa ideia foi, além de contar a história política do (deputado) Ney Leprevost, contar também um pouco da história do Brasil, pelo que ela tem de dramática”, explica Sandro Moser.
“Contar a história dessa família é um jeito também de contar a história da modernização e da construção do Paraná democrático pós-Estado Novo”, afirma o jornalista. A partir daí, o livro passa a relatar a trajetória de Ney Leprevost, que carrega no sangue a tradicional miscigenação brasileira, que traz com força suas raízes italianas.
A partir daí, o livro passa a relatar a trajetória de Ney Leprevost. Comunicativo e sempre proativo, Ney começou a trabalhar com apenas 13 anos, em uma rádio da cidade. Foi justamente já comandando um programa, aos 16 anos, que ele passou a ter um contato mais próximo e diário com os problemas e desafios enfrentados pela população mais humilde, despertando o desejo de fazer da política um instrumento para ajudar as pessoas.
Vereador
A obra detalha esses passos, desde 1996, quando Leprevost foi eleito o vereador mais jovem de Curitiba, com apenas 22 anos. Segue relatando sua ascensão como secretário de Estado de Esporte e Turismo a convite do então governador Jaime Lerner, que lhe deu a oportunidade se tornar também o secretário mais jovem do Brasil.
Conta ainda os desafios, vitórias e revezes enfrentados por Leprevost, nas eleições subsequentes para os legislativos estadual e federal, e em postos como o de secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, incluindo aí o período da pandemia da Covid-19. “Por meio das mentes brilhantes de dois excelentes escritores, essas e outras histórias se transformaram em uma obra que poderá inspirar os leitores e incentivar as novas gerações”, explica o próprio deputado no prefácio do livro.