Estrada foi para o brejo

Foi para o brejo o projeto do governo estadual que pretendia construir uma estrada de 10 quilômetros, entre Paranaguá e Antonina, para evitar o trânsito de caminhões pesados que hoje são obrigados a passar pelo centro histórico de Morretes para levar/trazer cargas do Porto de Antonina.

O projeto foi suspenso por decisão do TRF4, que acatou ação proposta pelo Ministério Público e ongs ambientalistas. A rodovia seria toda construída em área preservada e intocada de Mata Atlântica e mangues.

Ainda não foram esgotadas toda as instâncias judiciais. O governo pode recorrer contra a decisão do TRF4.

Em dez dias esta foi a terceira iniciativa do governo estadual a ser derrubada pela Justiça. A primeira foi a tentativa de licitar a contratação de nova empresa para administrar os empréstimos consignados do funcionalismo. Outra foi a anulação da concorrência da Sanepar para contratar serviços de limpeza das praias durante a Operação Verão. A juíza da 1.ª da Fazenda Pública viu que o edital direcionava para que a vencedora fosse a firma Verdetto – a única cujas máquinas possuíam um parafuso em aço inox do tipo SAE3.

Corre o perigo de cair também na Justiça a intenção do governo estadual de construir uma faixa de infraestrutura (rodovia, ferrovia, canal, linhas de transmissão) com 24 quilômetros de extensão ligando a velha estrada das praias com o projetado porto privado Pontal do Poço. Toda a extensão do projeto passa por áreas de preservação.

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