O deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) disse nessa terça-feira (15) à jornalista Catarina Scortecci, da Folha de S. Paulo, que a entrada do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) na sua chapa “não deu liga” e contribuiu para o resultado nas urnas.
“Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso”, disse Leprevost, em entrevista à Catarina Scortecci.
O deputado concorreu à cadeira de prefeito tendo como vice Rosângela, que entrou na chapa após uma costura do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda. A chapa chegou em quarto lugar, com 6,5% dos votos válidos.
“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost.
O deputado admitiu que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha. Um distanciamento ocorreu cerca de dez dias antes do primeiro turno.
“Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final”, disse ele. (Folha de S. Paulo).