(por Ruth Bolognese) – A senadora Katia Abreu, do Tocantins, é assim uma espécie de Osmar Dias do Centro Oeste brasileiro. Firmou-se como líder ruralista, do agronegócio, chegou à poderosa Confederação Nacional da Agricultura (CNA), acabou ministra da Agricultura e melhor amiga de Dilma Rousseff, a quem defendeu com unhas e dentes no plenário do Senado Federal.
Expulsa do MDB, filiou-se ao PDT, mesmo partido de Osmar Dias, prometendo jamais resvalar para a direita ou para a esquerda. Mesma trajetória de Osmar aqui no Paraná, que sempre teve vínculos e imagem ligados ao agronegócio, aproximou-se de Lula, disputou o governo com o apoio do PT, foi funcionário graduado no Banco do Brasil na era Dilma e se mantém no PDT sem nunca ter deixado de ser de centro.
Ambos, tanto Kátia Abreu como Osmar, se sentem confortáveis no PDT, partido que se distanciou no tempo e do pensamento do criador e líder maior, Leonel Brizola, mais à esquerda, e hoje se apresenta como opção para quem foge de Lula e de Bolsonaro, simultaneamente.
Tanto para Katia Abreu como para Osmar Dias, candidatos a governador, o desafio é convencer seus estados de origem, Tocantins e Paraná, que a guinada para a esquerda foi um rio que passou na vida deles. São fazendeiros desde criancinha e assim continuam.
Mas devem se lembrar que o PDT tem como candidato a presidente um certo Ciro Gomes, do Ceará, político ardido, que só pensa numa coisa: atrair para seu lado a esquerda brasileira inteirinha, de mala e cuia, se o destino e a Justiça, selarem o destino do ex-presidente Lula nessa semana.
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