Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (22), a nomeação do desembargador Kássio Nunes Marques, de 48 anos, como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, ela oficializa Marques no cargo que era do ministro Celso de Mello, que se aposentou na última semana. A posse do novo ministro está marcada para o dia 5 de novembro e será realizada de forma virtual.
Kassio passou na última quarta-feira (21) por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal e teve seu nome aprovado, em seguida, pelo plenário da Casa. Marques será o único ministro do Supremo com origem de um Estado do Nordeste. Piauiense, contou com a ajuda do senador Ciro Nogueira (PP-PI), integrante do Centrão para ser um dos padrinhos da indicação – ele foi responsável pela primeira “audiência” do novo ministro com o presidente Jair Bolsonaro, ainda que na época estivesse de olho em uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O novo ministro veio de família humilde e se formou em Direito pela Universidade Federal do Piauí. Abriu um escritório com amigos e, ali, começou a atuar na área de Direito Civil. Durante os anos de advocacia, o desembargador integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Apesar de não ter manifestado interesse em ser magistrado, surgiu uma oportunidade e, em maio de 2008, foi alçado ao posto de juiz no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). Foi na Corte nordestina que ele tomou gosto pela carreira, como contam amigos próximos.
Em 2011, chegou ao TRF-1 para ocupar uma das vagas destinadas aos profissionais que têm origem na advocacia. Ele foi escolhido pela ex-presidente Dilma Rousseff, com apoio do então vice-presidente Michel Temer (MDB). No total, atuou 15 anos como advogado e 12 como juiz. (Correio Braziliense).