(por Ruth Bolognese) – A justiça de Antonina atendeu pedido do Ministério Público do Paraná e interditou uma área da Mata Atlântica desmatada para implantação de um pátio de veículos.
Essa área é parte de um polêmico projeto, investigado pelo Ministério Público, que envolve o conhecido empresário Jorge Atherino e a suspeita de tráfico de influência da família Richa.
Em síntese, Atherino adquiriu uma área de 13 mil hectares na Mata Atlântica apenas um mês antes de o governador Beto Richa assinar o decreto da nova Poligonal do Porto de Paranaguá. Segundo as duas ações civis públicas, que estão em andamento desde 2013, para desmatar a área o empresário teria subornado fiscais do Instituto Ambiental do Paraná.
A ligação entre Atherino e a família Richa se dá pela amizade que o une à Beto Richa há muitos anos. E até mesmo há um registro de uma sociedade da empresa BFMAR com o grupo Green, comandado por Atherino. Segundo o Ministério Público, há indícios fortes de que BFMAR são as iniciais de Beto, Fernanda, Marcello, André e Rodrigo, nomes da família Richa.
O governador Beto Richa nega, veementemente, qualquer ligação com o grupo do empresário Jorge Atherino na área da Mata Atlântica.
A justiça de Antonina determinou a imediata interdição e o embargo de todo o terreno e a apresentação de um Plano de Recuperação de Área Degradada para restituição do imóvel ao estado anterior num prazo de 90 dias.
O IAP está proibido de realizar qualquer procedimento de licenciamento da empresa e seus sócios relativo ao imóvel.
Até que venha um desembargador do TJ recheado de auxílios … Seria o horror, mas …