Jungman, ministro da Segurança

O presidente Michel Temer optou por uma solução caseira e deslocará o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o comando do novo Ministério da Segurança Pública. Para o ministério da Defesa foi designado interinamente seu atual secretário-geral, um general quatro estrelas.

Jungman foi cogitado desde o início, mas o Temer ainda tentava encontrar uma alternativa de fora, que não o obrigasse a ter de escolher um nome para o Ministério da Defesa, pasta considerada delicada.​

Como assumiu protagonismo nas discussões sobre o tema, a expectativa do Palácio do Planalto é de que Jungmann seja bem aceito pelos governadores e que facilite a aprovação da nova pasta, por meio de medida provisória, pelo Congresso Nacional.

O presidente chegou a avaliar os nomes do ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Beltrame e do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim para a nova pasta, mas eles teriam demonstrado resistência. Agora, o presidente busca um nome de um civil para assumir definitivamente o Ministério da Defesa.

Neste momento, Temer deixará à frente do cargo, de maneira interina, o secretário-geral Joaquim Silva e Luna, general do Exército. A ideia é que ele seja trocado no futuro por um nome que não seja ligado diretamente a um dos pilares das Forças Armadas. O receio do presidente, caso mantivesse Luna, seria causar ressentimento junto à Marinha e à Aeronáutica, segundo informa a Folha de S.Paulo.

​Em reunião na noite deste domingo (25), no Palácio do Jaburu, Temer decidiu que a nova pasta será criada por meio de uma medida provisória, não de um decreto. No encontro, o presidente ressaltou que o texto da medida provisória irá vincular à nova pasta o comando da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária, Força Nacional e do Departamento Penitenciário.

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