O juiz titular da 4.ª Vara Criminal de Curitiba, Pedro Corat – que por anos atuou na Vara de Execuções Penais – declarou-se suspeito “por motivo de foro íntimo” para atuar em ação que envolve o ex-diretor da Assembleia Legislativa, Abib Miguel, o Bibinho.
A ação que Corat se acha impedido de julgar diz respeito à Operação Argonauta, deflagrada pelo Gaeco em novembro de 2014 quando ele foi preso no aeroporto de Brasília ao receber um pacote com R$ 70 mil reais e acusado de lavagem de dinheiro.
Corat não dá indicações sobre os motivos que o levaram a se declarar suspeito, mas sua atitude foi elogiável: a história registra que uma irmã dele era funcionária comissionada da Assembleia Legislativa nos tempos em que Bibinho era o diretor-geral. Ele também concedeu habeas corpus que beneficiou um filho de Bibinho após acidente de trânsito em que teria sido responsável pela morte de quatro pessoas, no centro de Curitiba, em 2009.
A transferência da ação poderia ser feita diretamente ao juiz substituto da 4.ª Vara Criminal, José Daniel Toaldo, mas o juiz Pedro Corat preferiu comunicá-la à presidência do Tribunal de Justiça.