Juiz da Rádio Patrulha retoma andamento e intima delator

As audiências de interrogatório de réus e testemunhas arroladas na ação penal decorrente da Operação Rádio Patrulha serão retomadas no dia cinco de agosto próximo, conforme “decisão saneadora” do juiz Fernando Bardelli Fischer, da 13.ª Vara Criminal de Curitiba, baixada na tarde desta sexta-feira (31) – leia a íntegra abaixo. O primeiro a ser ouvido será o empresário Tony Garcia, autor da delação que revelou um esquema de fraude à licitação e distribuição de propinas no âmbito do programa Patrulhas do Campo lançado na primeira gestão do ex-governador Beto Richa.

Em 23 páginas, o juiz faz um histórico de todos os trâmites judiciais da matéria a partir da denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual em 19 setembro do ano passado. No dia 11 desse mês, o Gaeco deflagrou a Operação e, com autorização judicial, prendeu Beto Richa, seu irmão José Richa Filho, os ex-secretários Deonilson Roldo e Ezequias Moreira, além do amigo Jorge Atherino e do primo-distante Luiz Abi Antoun.

Soltos em seguida por um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes (STF), Luiz Abi é o único que atualmente está fora o alcance das autoridades: viajou dias depois para o Líbano e alega sofrer de tosse para não atender às intimações.

São também réus no processo pelo menos cinco empresários que alugavam máquinas e equipamentos para as patrulhas distribuídas pelo governo para realizar trabalhos de conservação de estradas rurais no interior do estado.

Da decisão do juiz Fernando Fischer constam indeferimentos de inúmeros pedidos feitos pelos réus ao longo da tramitação e que, no entendimento do magistrado, tinham apenas a intenção de prolongar indefinidamente o processo.

A reativação da fase de oitivas de testemunhas e depoimentos de réus se dará sete meses depois de o STJ, por decisão do seu presidente, ministro José Otávio de Noronha, ter mandado suspender a ação penal da Rádio Patrulha, atendendo a um habeas corpus impetrado pelo ex-governador Beto Richa. Somente em abril a ministra Rosa Weber (STF) reformou a liminar de Noronha e autorizou a retomada dos procedimentos.

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