A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que é natural do Paraná, entrou com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do seu partido. Ela afirma que tem sido alvo de “grave perseguição política interna e discriminação político-pessoal”, o que seria suficiente para deixar a sigla sem perder o mandato parlamentar.
Hasselmann diz que essa represália tem acontecido desde o fim de 2019, quando o partido rachou devido à desfiliação do presidente Jair Bolsonaro. A deputada sempre criticou a maneira como o chefe do Executivo se comportou em relação à legenda e a forma como ele decidiu se desligar da sigla partidária.
Além disso, ela destaca que o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), passou a censurá-la devido à divergência de posicionamento político entre os dois. Na ação protocolada no TSE, a congressista diz que Bivar passou a prestigiar parlamentares filiados à sigla que defendem Bolsonaro.
Segundo Hasselmann, isso ficou claro no início deste ano, em meio às eleições para a Mesa Diretora da Câmara, quando Bivar teria atendido aos interesses de deputados bolsonaristas para conseguir o cargo de primeiro-secretário. Uma dessas articulações resultou na eleição da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Por conta desses e outros episódios, Hasselmann alega justa causa para deixar o PSL.(Do Correio Braziliense).