Em tempos de debates sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e ameaças ao Estado Democrático de Direito, levantamento realizado pelo Instituto Opinião mostra a posição dos paranaenses sobre esses e outros temas que vêm dominando o noticiário nos últimos anos.
Para as pessoas ouvidas no levantamento, 76% dizem confiar ou confiar muito no sistema de votação por meio das urnas eletrônicas. Dos entrevistados, 24% não confiam e 2% disseram não saber opinar.
“Passados quase 30 anos do uso das urnas eletrônicas nas eleições do país, os números mostram que as pessoas confiam na tecnologia e na confiabilidade das urnas”, afirma o sociólogo Arilton Freres, diretor do Instituto Opinião. “Os mais velhos possivelmente devem lembrar das denúncias de fraudes nas eleições, com células rasuradas ou anuladas. As urnas acabaram com isso.”
Em outro ponto levantado na pesquisa do Instituto Opinião, sobre o sistema político em voga no país, 81% dos paranaenses acham a Democracia a melhor forma de governo para o Brasil. Dos entrevistados, 3% disseram preferir em eventuais circunstâncias a uma ditadura do que um regime democrático.
“Vivemos em uma democracia ainda muito jovem no Brasil, com muitas falhas. E mesmo cansada de tantos escândalos, a população demonstra confiança no regime democrático como a melhor forma de governo para o país”, diz Freres. “A democracia permite que a população tenha liberdade de cobrar seus governantes e que tenha acesso a informações sobre desmandos, por meio de uma imprensa livre e de mecanismos de controle aberto à sociedade.”
No levantamento, para 51% das pessoas ouvidas, a posse e o porte de armas de fogo para se proteger da violência não deixa a sociedade brasileira mais segura. Já 38% acham que o porte e a posse de armas de fogo são a solução. A pesquisa também apontou ainda que 55% dos entrevistados não lembravam em quem haviam votado para deputado estadual.
A pesquisa do instituto Opinião ouviu 1.200 pessoas em 52 municípios do estado do Paraná, com idade acima de 16 anos, entre os dias 28 e 30 de agosto e tem margem de erro de 3% e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no TRE (PR-09894/2022) e no TSE (BR-03073/2022).