Em meio à braba crise econômica que o país atravessa, dois negócios não perderam vitalidade: fundar igrejas e criar partidos. Os partidos, ainda que inexpressivos e nada representativos de correntes políticas autênticos, vivem das polpudas transferências de dinheiro público depositado no Fundo Partidário – coisa de R$ 3 bilhões por ano pagos indistintamente pelos contribuintes. Ainda contam com “renda extra”, como aluguel da sigla para aumentar tempo de televisão e outras fontes nada republicanas.
Já as igrejas sustentam-se com doações de seus fieis. Movimentam bilhões em quantias não reveladas, não prestam contas ao Fisco nem, obviamente pagam impostos. São isentas de tributos, ao contrário até de pequenas e sacrificadas empresas de fundo de quintal.
Dois projetos tramitam no Congresso. Um quer aumentar os recursos do Fundo Partidário, sob a duvidosa justificativa de que as legendas não precisariam mais recorrer ao caixa 2 e a outros expedientes imorais. O outro quer que as igrejas passem a ser tratadas como empresas, declarem suas receitas e paguem os respectivos impostos.
Este último projeto está em consulta pública. Quem quiser, pode votar contra ou a favor. Até o momento, os que apoiam o projeto vencem apertado: 140.775 votos contra 138.488. Para votar, acesse http://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=122096