Analistas políticos espantam-se com o resultado da pesquisa Ibope/CBN divulgada nesta segunda-feira pelo jornalista Valdomiro Cantini, da rádio CBN de Cascavel. Nela o candidato Ratinho Jr. (PSD) aparece com 34% das intenções de voto, superando Osmar Dias (PDT) que ficou com 28%.
O espanto provém de dois fatos. Primeiro: o porcentual atribuído a Ratinho é praticamente idêntico ao de todas as pesquisas realizadas no ano passado por todos os institutos de pesquisa. Não cresceu, ao contrário do que se poderia esperar de quem assumiu a postura de candidato desde que se elegeu deputado estadual em 2014 com 300 mil votos para em seguida assumir por três anos a estratégica secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano.
Segundo: no cargo de secretário teve a oportunidade de fazer contato (e campanha) na totalidade dos 399 municípios do estado. Não houve um só que não tivesse recebido sua presença ou alguma obra patrocinada por sua secretaria. Há seis meses deixou a pasta, voltou para a Assembleia, mas não deixou de fazer campanha durante todo o tempo. Além de continuar com viagens e reuniões pelo interior, tratou de atrair deputados para sua base, ampliou a bancada e ganhou aliados.
Entretanto, seus índices não se mexeram. Teriam chegado “ao teto”?
O caso lembra sua campanha para a prefeitura de Curitiba em 2012. Era o franco favorito para vencer as eleições. Atingiu 35% dos votos no primeiro turno, distante dos dois adversários (Gustavo Fruet ficou com 27% e Luciano Ducci com 26%). Ao disputar o 2.º turno, Ratinho cresceu para 39% (quatro pontos porcentuais), mas foi suplantado pelo adversário, Gustavo Fruet, que conquistou mais de 60% do eleitorado (cresceu 33 pontos).
Não é de se duvidar, segundo os analistas, que o cenário se repita na eleição para o governo do estado de 2018: se mantiver este “teto” apontado pelas pesquisas, Ratinho poderá ser o vencedor do primeiro turno, mas no segundo o mais provável é que seja derrotado por Osmar Dias – que, aliás, ainda praticamente não saiu do seu escritório na rua da Glória para fazer campanha.
O Ratinho tem publico cativo, são os mesmo que votam nele, mas se começar a campanha suja (fez parte do governo e o pai se diz amigo/ex-amigo do Lula) que sempre tem, a tendência é diminuir, o maior problema dele é o publico segmentado que ele sabe falar, mas não consegue sair disso, quando tenta soa muito artificial (como o pai dele vendendo coisa na tv), parece que esta recitando texto decorado, até a piada sai ensaiada…