IAT multa empresa responsável pelo vazamento de nafta e libera pesca no Litoral

Trinta e oito dias após o acidente ambiental com o vazamento de nafta (produto de origem fóssil, inflamável e cancerígeno) na Baía de Paranaguá, no Litoral, a pesca voltou a ser totalmente liberada no local sem que existam riscos à saúde. O Instituto Água e Terra (IAT) revogou a orientação restritiva após o resultado da segunda análise laboratorial, divulgado nessa quarta-feira (17). O laudo apontou que não há mais contaminação na água.

O órgão ambiental lavrou ainda Auto de Infração Ambiental (AIA) contra a empresa responsável pelo vazamento, com multa de R$ 1,5 milhão e suspensão temporária das operações do duto no Píer Público de Inflamáveis da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). A decisão é passível de recurso.

Para voltar a utilizar o duto, a empresa terá que assegurar por meio de laudos técnicos que não há mais risco de novos vazamentos. Depois dessa entrega, técnicos do IAT voltarão ao local para novas inspeções.

Considerado um acidente ambiental de grande porte, o vazamento da nafta aconteceu no dia 9 de abril durante a atividade de armazenamento de granéis líquidos e transporte dutoviário. O produto químico atingiu a Baía de Paranaguá em volumes danosos à saúde humana, conforme relatório emitido pelo IAT.

O fato ocorreu na Avenida Coronel Santa Rita, área que precisou ser isolada para trânsito de veículos. Moradores da região também foram retirados de suas casas, retornando apenas no dia 28 de abril.

A orientação para que se evitasse a pesca no local foi emitida logo na sequência, abrangendo um raio de 3 quilômetros (1,86 milhas náuticas) a partir do Píer Público de APPA.

Além de contaminante, a nafta petroquímica é altamente inflamável, gerando grande risco de explosão. É matéria-prima para indústrias e pode ser utilizada para produção de filmes e copos plásticos, isopores e espumas para colchões. (AEN; foto IAT).

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