Começam a tomar contornos mais graves as desavenças entre o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita, e seus comandados das Polícias Civil e Militar. O clima esquentou após Mesquita postar nas redes sociais que oficiais da PM recebiam diárias para viajar a Brasília para tratar de questões particulares e políticas e que acabou com “esta farra”. No fundo, o secretário acusou os supostos autores de desvio de verbas públicas, corrupção.
Como no jargão da caserna “guerra é guerra”, a resposta já teria chegado ao gabinete de Mesquita com lembranças que policiais guardaram de conversas com o ex-chefe de gabinete da SESP, delegado federal Roberto Milanesi Jr. Nessas conversas, ele buscava apoio para colocar fim a situações que testemunhou no exercício do cargo e que considerava anormais. No fim, como seus esforços não teriam produzido efeito, Milanesi preferiu à PF.
Alguns ditados populares que algumas pessoas que gostam de holofote e falácia deveriam lembrar antes de destilar maldades, enganações e mentiras: quem dorme com cachorros acorda com pulgas. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Em lagoa de piranha, jacaré nada de costas. Entre tantas outras…
Desde a saída do Francischini, que já teve uma passagem desastrosa pelo PR, fazendo só caca – e continua dando as cartas na SESP – as coisas pioram dia após dia. O Secretário não fez administração e atuou como Chefe de Pasta. Agiu como policial juvenil e neófito que só quer aparecer. Se abrem um frigobar e a luz acende perto dele já começa a falar achando que é entrevista.
Tipo “fiotão”, como dizem no meu interiorzão, louco pra se “agrandar”. Sua vaidade é seu vício.
Brincando de caubói não teve tempo – ou capacidade – para verdadeiramente administrar a segurança paranaense. E tudo virou o caos.
Delegacias super lotadas, sistema penitenciário avacalhado, viaturas inadequadas, coletes vencidos, armas impróprias, nenhuma obra concluída, verbas perdidas, recursos mal aplicados, policiais insatisfeitos, população em perigo e governo e Governador desgastados. Mesmo gastando muito, pouco resultado.
Conseguiu desagradar grecas e traianos.
Se ao final e ao cabo dessa tragédia que foi a gestão Mesquita/Francischini, o MP, o TJ, o TC e os Céus nada acharem de errado, ainda ficará a marca da incapacidade e o sangue e a tristeza de cada paranaense que sofreram as piores violências e o mais profundo medo pq a SESP não fez a sua parte ou tarde fez, sempre para ajustar o cumprimento dos mandados de prisão, as operações, as ações à agenda de entrevistas do Secretário. Que Deus nos proteja de mais Secretários desse naipe! Que os próximos governadores acertem a mão ao escolher quem será o Secretário discreto, técnico, capaz, humilde e conciliador que unirá as polícias ao invés de afastá-las…