Guardas municipais de Curitiba continuam em estado de greve. A categoria argumenta, por meio do sindicato que a representa, ter incerteza em relação ao plano de carreira, que, segundo ela, estaria ameaçado pela Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoal (Smap).
A categoria afirma ter ficado perplexa com a apresentação realizada pelos representantes da Smap. O plano estaria congelado há seis anos, segundo informa o sindicato.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Curitiba (SIigmuc), Rejane Soldani, a entidade tenta conversar com a prefeitura municipal. Os guardas, disse Rejane, estariam com mais atribuições do que antes, como fiscalização de trânsito em rodovia e não teriam nenhuma sinalização de recompensação financeira.
Rejane afirma que as carreiras estão estagnadas e que não aceita a proposta da prefeitura de Curitiba.
Plano de carreira
A Smap pretende aplicar ao atual plano de carreira o mesmo mecanismo de crescimento das demais carreiras de serviço público municipal. A proposta é um crescimento a cada oito anos, restrito a 20% da categoria no caso de crescimento por desempenho e 5% por graduação.
Conforme diz o sindicato, os guardas municipais da capital têm um dos piores pisos salariais entre carreiras de nível médio da prefeitura, um dos piores vencimentos iniciais entre as guardas municipais da Região Metropolitana.
Para a diretoria do Sigmuc, a metodologia apresentada pela equipe da Smap não respeita a especificidade de uma carreira voltada para Segurança Pública. “Nosso trabalho é totalmente diferenciado dos demais servidores públicos. O risco de morte, o stress e a responsabilidade legal exigida, são fatores intrínsecos ao exercício da profissão. Se a carreira não apresentar atrativos, valorização aos profissionais, isso impacta diretamente na permanência de bons profissionais e reflete no bom desempenho das atividades prestadas”. (Foto: Luiz Costa/SMCS/arquivo).